
Sábias palavras de Eça de Queirós que, no século XIX, já "desenhava" o Portugal do presente:
Eis uma abordagem, de cariz histórico, acessível a todos os nossos leitores, amplamente ilustrada e de leitura fluente, graças à capacidade de escrita límpida e objectiva dos autores.
Retirado daquiEm termos de população activa, 60% ou mesmo um pouco mais, era predominantemente rural; 20% trabalhava na indústria (sobretudo têxtil) e apenas 13% no sector terciário, um quadro que permitia qualificar de arcaica a estrutura da sociedade portuguesa no início do século XX. A classe média, que tinha feito a revolução, herdava igualmente uma conjuntura preocupante:
* uma crise social provocada pelo crescimento agrícola em detrimento do desenvolvimento industrial e pelo afluxo marcado da população às grandes cidades;
* Uma crise económico-financeira, marcada pela falência de bancos, aumento da dívida pública e pela contracção do investimento;
* uma crise moral, com frequentes escândalos públicos de corrupção.