terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vivências religiosas - A edificação da Igreja matriz (1910)

Em 1910, o Conde de Agrolongo (José Francisco Correia, primeiro e único visconde de Sande e conde de Agrolongo) determina, a expensas suas, a construção da actual Igreja Matriz, que se prolonga por cinco anos, segundo o projecto de João de Moura Eça Coutinho. Nasceu no concelho de Guimarães e com dez anos de idade parte para o Brasil, estabelecendo-se em Niterói. Com dezoito anos cria a sua própria indústria, no ramo de tabacos, a Fábrica de Fumos Veado. O seu sucesso foi imediato. Em Portugal o Conde de Agrolongo apoia e funda de raiz muitos estabelecimentos entre escolas, igrejas, asilos e outra ajuda beneficente.
Os factos:
O respeitável Conde de Agrolongo acaba de praticar mais um acto de altissimo significação e benemerencia vae, a expensas suas, mandar construir uma nova igreja parochial na freguesia de Caldas das Taypas (S. Thomé). O snr. José António d’Araujo Barbosa, compadre e representante do benemerito Conde, chamou hoje a esta cidade o rev. Padre Domingos José Antunes Machado, digno parocho daquella freguesia, e o snr. António de Freitas Ribeiro, a quem apresentou a planta da obra, e a determinação do mesmo snr. Conde, para se proceder à construção da igreja. A planta é dum soberbo effeito. Parabens ao povo das Taypas pelo grande beneficio que lhe presta o snr. Conde de Agrolongo. S. Ex.ª depois de ter prestado o seu concurso e inciativa em tantas obras vae agora louvar os povos das Taypas com a construção dum templo modelo pela sua forma artistica e elegancia que muito se nota na planta geral que nos foi apresentada. Os povos das Taypas devem saber testemunhar ao seu benemerito doador a sua gratidão e o seu fundo reconhecimento. “O Regenerador“ congratula-se com os taypenses pelo grande beneficio que vae prestar-lhes o benemerito vimaranense, snr. Conde de Agrolongo, e dirige os seus cordeaes parabens ao grande amigo das Taypas, snr. António de Freitas Ribeiro, por ser dotado com este importante melhoramento a linda povoação, a cujo progresso tem consagrado toda a sua actividade e rasgada iniciativa. (O Regenerador, 1910, nº 88)

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