Lista completa dos membros: José Pinto Teixeira Abreu, Presidente; Mariano Felgueiras, Manuel Ferreira Guimarães, Júlio António Cardoso; José Leite Rodrigues da Silva; Manuel Caetano Martins; José Ribeiro de Freitas. (Cortesia, prof. Rui Faria)
sábado, 27 de março de 2010
Primeira comissão republicana de Guimarães
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Comissão republicana de Guimarães
sexta-feira, 26 de março de 2010
O ensino em Guimarães no início da República
Naquela época, no concelho de Guimarães, o número de escolas existentes era apreciável, apesar de nem todas elas estarem em funcionamento. As escolas eram divididas por três sectores, as escolas do sexo masculino, as do sexo feminino e as mistas. Era maior o número de escolas do sexo masculino, pois também era superior o número de rapazes matriculados. Muitas crianças não eram matriculadas. O número de crianças recenseadas é bastante maior do que o número de crianças matriculadas nas escolas do concelho de Guimarães.
Os exames eram executados e em seguida avaliados por um júri. Era maior o número de alunos aprovados por suficiente do que por óptimo. O número de aprovados por distinção era bastante reduzido. Muitas crianças chegavam até a faltar. Nesta altura, as crianças eram muitas vezes obrigadas a conjugar a escola com o trabalho.
Os exames eram executados e em seguida avaliados por um júri. Era maior o número de alunos aprovados por suficiente do que por óptimo. O número de aprovados por distinção era bastante reduzido. Muitas crianças chegavam até a faltar. Nesta altura, as crianças eram muitas vezes obrigadas a conjugar a escola com o trabalho.
Post: Francisca - 9º D; Imagem - Grupo de raparigas do Colégio de Santa Maria em trajes tradicionais minhotos, aquando da «festa recitativa» dedicada às famílias das alunas, que teve lugar nos dias 15 e 16 de Maio de 1918. Casa de Sarmento
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Escola na República
quinta-feira, 25 de março de 2010
Ecos da República em Guimarães
1910 - Junto à sede Republicana rebentam dois petardos. Na mesma semana é aberta a nova sede do Centro Republicano. A Comissão Municipal Republicana edita como órgão oficial o jornal de Guimarães tendo como director A. L. de Carvalho. Em Novembro aparece o semanário do Partido progressista "Correio de Guimarães" tendo como director J. Rocha dos Santos. Em 7 de Dezembro, Mariano Felgueiras funda o jornal republicano "A Velha Guarda". No largo da Oliveira, no edifício dos Paços do concelho é proclamada a República. Fica como administrador do concelho, o Dr. Eduardo de Almeida.
Vide a obra editada pelo Circulo de Arte e Recreio, Sobre a República em Guimarães, 1995 e o texto de J. Santos Simões 90º Aniversário da República. Para que Guimarães não esqueça, editada pelo Circulo de Arte e Recreio,2001
Foto: Largo da Oliveira (in Casa de Sarmento)
Foto: Largo da Oliveira (in Casa de Sarmento)
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República em Guimarães
Semana da Leitura
Coordenada pelo professor Carlos Monteiro, a semana da leitura iniciou-se com uma actividade na Biblioteca Escolar, dirigida aos alunos do sétimo ano - um concurso de leitura. Foram escolhidos alguns contos tradicionais portugueses e, em particular, os contos de Teófilo Braga, ilustre republicano.
Joaquim Teófilo Fernandes Braga nasceu a 24 de Fevereiro de 1843 em Ponta Delgada. Desde cedo mostrou inclinação para a literatura, pois em 1859, com apenas dezasseis anos publicou, na tipografia onde trabalhava, o livro "Folhas Verdes". Em 1861 vai para Coimbra e ingressa no curso de Direito. Nessa época, em suas colaborações no jornal "O Instituto" e na "Revista de Coimbra", já se mostrava contra aos exageros ultra-românticos. Em 1864 publica as obras "Visão dos Tempos" e "Tempestades Sonoras", consideradas obras revolucionárias, pois tem uma nítida função social. Ao terminar o curso de Direito, Teófilo foi viver na cidade do Porto e depois vai para Lisboa, onde passa a leccionar literatura no Curso Superior de Letras. Republicano Militante, é convidado em 1910 para exercer o cargo de Presidente do Governo Provisório, sendo eleito, algum tempo depois, Presidente da República. Além de poeta e político, Teófilo Braga foi um dos mais brilhantes historiadores da literatura portuguesa. Faleceu 28 de Janeiro de 1924 na cidade de Lisboa. Ler mais
Joaquim Teófilo Fernandes Braga nasceu a 24 de Fevereiro de 1843 em Ponta Delgada. Desde cedo mostrou inclinação para a literatura, pois em 1859, com apenas dezasseis anos publicou, na tipografia onde trabalhava, o livro "Folhas Verdes". Em 1861 vai para Coimbra e ingressa no curso de Direito. Nessa época, em suas colaborações no jornal "O Instituto" e na "Revista de Coimbra", já se mostrava contra aos exageros ultra-românticos. Em 1864 publica as obras "Visão dos Tempos" e "Tempestades Sonoras", consideradas obras revolucionárias, pois tem uma nítida função social. Ao terminar o curso de Direito, Teófilo foi viver na cidade do Porto e depois vai para Lisboa, onde passa a leccionar literatura no Curso Superior de Letras. Republicano Militante, é convidado em 1910 para exercer o cargo de Presidente do Governo Provisório, sendo eleito, algum tempo depois, Presidente da República. Além de poeta e político, Teófilo Braga foi um dos mais brilhantes historiadores da literatura portuguesa. Faleceu 28 de Janeiro de 1924 na cidade de Lisboa. Ler mais
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Semana da leitura; Teófilo Braga
terça-feira, 23 de março de 2010
Eduardo d'Almeida - a crítica social
A Adriana fala, no poste seguinte, de uma publicação que Eduardo d' Almeida, juntamente com Alfredo Pimenta, publicou e que provocou grande polémica por ser um manifesto dirigido contra a sociedade decadente e desigual. O folheto com 16 páginas intitulado Burgo Podre, escrito em prosa (de Eduardo de Almeida) e em versos (de Pimenta), propunha levar moralidade aos domicílios vimaranenses. Meio século mais tarde, Mário Cardozo classificaria a obra como "um folheto de má prosa e de péssimos versos". Alguns anos antes, Alfredo Pimenta recordava aquela coisa inconcebível que os dois jovens vimaranenses tinham trazido de Coimbra no fundo das malas: "dezasseis páginas tremendas, irreverentes, sacrílegas com que nos propúnhamos dinamitar o burgo, purificar o Céu, e limpar as almas, e lavar os corpos dos nossos conterrâneos”. A folha provocou algum escândalo.
Com a instauração da República em Portugal é chamado à cidade natal, onde irá assumir as funções de primeiro administrador do Concelho do novo regime. Do seu exercício nesse cargo ficariam na memória, antes de mais, as suas profundas preocupações sociais. Em 1911, foi eleito deputado por Guimarães para a constituinte. Vide, No cinquentenário da morte de Eduardo d'Almeida.
Com a instauração da República em Portugal é chamado à cidade natal, onde irá assumir as funções de primeiro administrador do Concelho do novo regime. Do seu exercício nesse cargo ficariam na memória, antes de mais, as suas profundas preocupações sociais. Em 1911, foi eleito deputado por Guimarães para a constituinte. Vide, No cinquentenário da morte de Eduardo d'Almeida.
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Eduardo de Almeida
Eduardo d'Almeida - curta biografia
Eduardo Manuel de Almeida Júnior nasceu em 3 de Fevereiro de 1884, em Guimarães. Completa o curso aos 21 anos na faculdade de Direito de Coimbra. Juntamente com um amigo escreve um livro sobre moralidade, mas foi muito criticado e apenas foram publicados dois dos números. Quando finda o curso volta à terra natal onde se torna um advogado conceituado. Este era um homem de letras e escreveu o primeiro livro em 1905, “A Lama”, dirigida para a sátira social. Em 1908, estabelece-se no Porto com um escritório de advocacia. Com a implantação da república é chamado a Guimarães, é presente no Parlamento e admirado pelos seus dotes de oratória e preocupações sociais, mas decide não seguir uma carreira política. Assume os negócios da família com a morte do pai, mas, sempre fiel à república, torna-se director de dois jornais tendo sido muito importante na história da Sociedade Martins Sarmento, que viria a passar dificuldades, tornando-se monárquica e perdendo adeptos. Este senhor reergueu a Sociedade, à qual fazia parte devolvendo-lhe o prestígio. Morre em 6 de Janeiro de 1958. (Post - Adriana Silva - 9ºD)
Sugestões: Biografia
Sugestões: Biografia
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Eduardo de Almeida
Eduardo de Almeida, ilustre republicano de Guimarães
"que notável figura de cidadão, de escritor, de advogado e de orador foi o Dr. Eduardo d'Almeida - um dos últimos românticos da República, carácter de eleição, alma comovida e empolgante ante as grandes causas do Homem e da Pátria, em cuja obra tumultam os sonhos febris de um mundo social mais justo ou brilha serenamente a bondade persuasiva dos iluminados". Aníbal Mendonça (Primeiro de Janeiro de 12/1/1959)
Mais logo, post da Adriana com biografia deste republicanio.
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Eduardo de Almeida
segunda-feira, 22 de março de 2010
No dia da árvore, a ÁRVORE do CENTENÁRIO
Comemorou-se, hoje, o dia da árvore, com a plantação de uma espécie autóctone. Esta iniciativa decorre do programa do AET para as comemorações do Centenário da República, em colaboração com o Programa Eco-escolas. A plantação desta árvore configura uma simbologia da república, mantendo vivos os seus ideais, ao promover acções no âmbito da educação ambiental e do exercício de uma cidadania activa.
Pretendeu-se, ainda, consciencializar para a importância da preservação da floresta autóctone local e regional. A aluna Ana Martinho fechou esta actividade com a declamação de uma poesia de António Ramos Rosa, Cada árvore é um ser para ser em nós. Na semana da República, em Outubro, será descerrada, junto deste exemplar, uma placa comemorativa alusiva ao centenário.
Pretendeu-se, ainda, consciencializar para a importância da preservação da floresta autóctone local e regional. A aluna Ana Martinho fechou esta actividade com a declamação de uma poesia de António Ramos Rosa, Cada árvore é um ser para ser em nós. Na semana da República, em Outubro, será descerrada, junto deste exemplar, uma placa comemorativa alusiva ao centenário.
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Dia da árvore; Árvore do Centenário
sexta-feira, 19 de março de 2010
Imprensa de influência republicana publicada no concelho de Guimarães
As alunas Ângela Salgado e Susana Salgado fizeram uma pesquisa sobre a imprensa periódica, de índole republicana, que foi dada à estampa no concelho de Guimarães, tendo sinalizado as seguintes publicações:
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Imprensa republicana
quinta-feira, 18 de março de 2010
O ambiente na estância termal das Taipas durante a Iª República
Dia a dia vamos registando mais entusiasmo nesta linda estancia que vem sendo frequentada pela nossa melhor sociedade.
Os nosso aquistas teem promovido constantes diversões em que reina sempre a mais franca alegria e a melhor camaradagem.
Sucedem-se os “pic-nics”, os bailes, as festas as mais variadas e interesantes. Anteontem tiveram os hospedes do Hotel das Termas um animado “pic-nic” na quinta do Paço, em Briteiros, para onde se dirigiram em automóveis (...). No regresso realizaram no salão nobre do Hotel uma interessante festa intima, oferecendo os cavalheiros ramos de flores com graciosos discursos. Foi uma festa que deixou em todos viva recordação (...).”
Jornal das Taipas, 1921,Julho,31,Domingo. Nº 28, Ano 1º (Fotografia cedida pelo prof. António OLiveira)
Os nosso aquistas teem promovido constantes diversões em que reina sempre a mais franca alegria e a melhor camaradagem.
Sucedem-se os “pic-nics”, os bailes, as festas as mais variadas e interesantes. Anteontem tiveram os hospedes do Hotel das Termas um animado “pic-nic” na quinta do Paço, em Briteiros, para onde se dirigiram em automóveis (...). No regresso realizaram no salão nobre do Hotel uma interessante festa intima, oferecendo os cavalheiros ramos de flores com graciosos discursos. Foi uma festa que deixou em todos viva recordação (...).”
Jornal das Taipas, 1921,Julho,31,Domingo. Nº 28, Ano 1º (Fotografia cedida pelo prof. António OLiveira)
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Caldas das Taipas; Banhos públicos; Termas
A projecção da estância termal das Taipas no estrangeiro
Tivemos o prazer de ver ontem entre nós a talentosa escritora inglesa Miss Beatrix Keppel Thompsom, que aqui veio como enviada especial do jornal inglês “Times”, afim de colher informes sobre as nossas estancias. A nossa ilustre viajante retirou daqui com agradabilissimas impressões assegurando que faria conhecer no seu país a nossa linda estancia, onde encontrara um hotel e um balneário modelares, como não viu ainda mais confortaveis nem com mais aceio.
Acompanhava-a o ex.mo sr. Simão Duarte de Oliveira, cavalheiro de primorosas qualidades a quem a agricultura do Norte deve o seu melhor impulso e o nosso amigo sr. Manuel Esteves. “
Jornal das Taipas, 1921, Agosto,7,Domingo, Nº 29, Ano 1º. (imagem cedida pelo prof. António Oliveira)
Acompanhava-a o ex.mo sr. Simão Duarte de Oliveira, cavalheiro de primorosas qualidades a quem a agricultura do Norte deve o seu melhor impulso e o nosso amigo sr. Manuel Esteves. “
Jornal das Taipas, 1921, Agosto,7,Domingo, Nº 29, Ano 1º. (imagem cedida pelo prof. António Oliveira)
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Caldas das Taipas; Banhos públicos; Termas
O Hotel das Termas, nascido aquando da Iª República
A primeira pedra do Hotel das Termas, nas Caldas das Taipas, foi lançada no dia 3 de Outubro de 1915. A traça é da autoria do arquitecto portuense Eduardo da Costa Alves, cujo projecto foi aprovado pelo governo de então e publicado no Diário do Governo nº92, 2ªsérie de 19 de Abril de 1916. A Primeira Guerra Mundial originou a carestia de materiais e a falta de operários, provocando assim sucessivos atrasos na construção da última ala do hotel que ficaria apenas totalmente concluída em 1924. Este imóvel foi construído pela Empresa Termal das Taipas S.A.R.L. detentora até 1986, da exploração das águas termais nas Taipas (Banhos Velhos e Banhos Novos).
Após a publicação da Lei nº1152 que criou em 1922 as Comissões de Iniciativa no nosso país, o turismo nas Taipas sofre um novo impulso. A Comissão de Iniciativa desta povoação, juntamente com o esforço de Francisco de Oliveira, Joaquim da Silva Ferreira Monteiro e o Dr. Francisco de Carvalho Ribeiro vai iniciar um processo de aquisição de terrenos necessários para a abertura da Avenida do Parque (actual Av.Rosas Guimarães e antiga Av. Salazar) e para a construção do Parque de Turismo. Pelo Decreto Lei nº27424, datado de 31 de Dezembro de 1936, em substituição das Comissões de Iniciativa são criadas as Juntas de Turismo.
Pouco tempo depois, é formada a Junta de Turismo das Taipas, que na década de 50 e 60 juntamente com a Junta de Freguesia, irá proceder à construção de piscinas para adultos e crianças, de campos de patinagem, parque infantil (junto à piscina), campos de ténis, parque de campismo e à criação de um posto de turismo. Neste posto de turismo, procedia-se a um atendimento dos vários aquistas e turistas que frequentavam esta vila, fornecendo-lhes valiosas informações, ao mesmo tempo que tal espaço era dinamizado com várias actividades culturais, das quais salientámos as exposições.
Em meados da década de 80, com a extinção da Junta de Turismo das Taipas, em sua substituição é formada a Cooperativa Taipas Turitermas, da qual a Câmara Municipal de Guimarães é a principal accionista. Em 1993, o posto de turismo localizado na Av. da República é encerrado ao público, sendo construída no seu lugar uma agência bancária (C.G.D.) que irá também ocupar o espaço da sede da Junta de Freguesia de Caldelas, sem que noutro local se tenha criado outro posto de turismo alternativo. (Colaboração e post, prof. António Oliveira)
Após a publicação da Lei nº1152 que criou em 1922 as Comissões de Iniciativa no nosso país, o turismo nas Taipas sofre um novo impulso. A Comissão de Iniciativa desta povoação, juntamente com o esforço de Francisco de Oliveira, Joaquim da Silva Ferreira Monteiro e o Dr. Francisco de Carvalho Ribeiro vai iniciar um processo de aquisição de terrenos necessários para a abertura da Avenida do Parque (actual Av.Rosas Guimarães e antiga Av. Salazar) e para a construção do Parque de Turismo. Pelo Decreto Lei nº27424, datado de 31 de Dezembro de 1936, em substituição das Comissões de Iniciativa são criadas as Juntas de Turismo.
Pouco tempo depois, é formada a Junta de Turismo das Taipas, que na década de 50 e 60 juntamente com a Junta de Freguesia, irá proceder à construção de piscinas para adultos e crianças, de campos de patinagem, parque infantil (junto à piscina), campos de ténis, parque de campismo e à criação de um posto de turismo. Neste posto de turismo, procedia-se a um atendimento dos vários aquistas e turistas que frequentavam esta vila, fornecendo-lhes valiosas informações, ao mesmo tempo que tal espaço era dinamizado com várias actividades culturais, das quais salientámos as exposições.
Em meados da década de 80, com a extinção da Junta de Turismo das Taipas, em sua substituição é formada a Cooperativa Taipas Turitermas, da qual a Câmara Municipal de Guimarães é a principal accionista. Em 1993, o posto de turismo localizado na Av. da República é encerrado ao público, sendo construída no seu lugar uma agência bancária (C.G.D.) que irá também ocupar o espaço da sede da Junta de Freguesia de Caldelas, sem que noutro local se tenha criado outro posto de turismo alternativo. (Colaboração e post, prof. António Oliveira)
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Caldas das Taipas; República
terça-feira, 16 de março de 2010
Os banhos e as Caldas das Taipas
A Alexandra Ferreira desenvolveu, nos últimos tempos, um trabalho de procura e identificação de fontes sobre as Caldas das Taipas, socorrendo-se do espólio do sr. Carlos Marques. Sobre os banhos públicos e as futuras termas conseguiu, no Comércio de Guimarães, a seguinte informação:
Foi um pharmaceutico (cujo nome e morada se ignoram ), que deu origem aos banhos, por ser o primeiro que descobriu ali um poço d’água sulfúrica quente, mandado fazer-lhe em volta um resguardo de taboas, para os pobres tomarem banho, e d’ahi lhe deram o nome de Caldas das Taypas. Dentro de pouco tempo correu fama a excellencia da água para doenças de pelle. Ao lado norte dos banhos está um penedo com duas faces aprumadas, n’uma das quaes se acha gravada em caracteres que a mão do tempo tornou quasi imperceptíveis uma inscripção, quem diz:
«Aquella obra mandou fazer o imperador Trajano Augusto, filho de César Nerva vencedor dos alemaens; e do Pontifice Maximo. Sendo tribuno do povo, a sétima vez imperador, Consul a quarta e tendo título de pae da pátria.»
Na outra face está também gravada a seguinte inscripção:
«Para alivio da humanidade e remédio de rebeldes doenças herpéticas. Foram renovados e aumentados estes banhos thermaes por ordem do senado da comarca da Villa de Guimarães, sendo seu prezidente o António Cardozo de Menezes e Athayde - António do Couto Ribeiro – secretário; José Leite Duarte, procurador Manuel Luiz de Sousa.»
Em testemunho do seu zelo e actividade, para emulação dos vindouros, elles mesmos mandaram gravar esta inscripção, que desafia e vencerá o tempo e a eternidade em 1818. “
Foi um pharmaceutico (cujo nome e morada se ignoram ), que deu origem aos banhos, por ser o primeiro que descobriu ali um poço d’água sulfúrica quente, mandado fazer-lhe em volta um resguardo de taboas, para os pobres tomarem banho, e d’ahi lhe deram o nome de Caldas das Taypas. Dentro de pouco tempo correu fama a excellencia da água para doenças de pelle. Ao lado norte dos banhos está um penedo com duas faces aprumadas, n’uma das quaes se acha gravada em caracteres que a mão do tempo tornou quasi imperceptíveis uma inscripção, quem diz:
«Aquella obra mandou fazer o imperador Trajano Augusto, filho de César Nerva vencedor dos alemaens; e do Pontifice Maximo. Sendo tribuno do povo, a sétima vez imperador, Consul a quarta e tendo título de pae da pátria.»
Na outra face está também gravada a seguinte inscripção:
«Para alivio da humanidade e remédio de rebeldes doenças herpéticas. Foram renovados e aumentados estes banhos thermaes por ordem do senado da comarca da Villa de Guimarães, sendo seu prezidente o António Cardozo de Menezes e Athayde - António do Couto Ribeiro – secretário; José Leite Duarte, procurador Manuel Luiz de Sousa.»
Em testemunho do seu zelo e actividade, para emulação dos vindouros, elles mesmos mandaram gravar esta inscripção, que desafia e vencerá o tempo e a eternidade em 1818. “
Comércio de Guimarães nº2037, 6 de Fevereiro de 1906 (Post: Alexandra Gonçalves Ferreira, 9º E)
Sobre outras vivências nas Caldas das Taipas (sugestão do Daniel Salazar)
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Caldas das Taipas; Banhos públicos; Termas
quinta-feira, 11 de março de 2010
O primeiro aniversário da República na cidade de Guimarães
No dia 6 de Outubro de 1911, comemorou-se o primeiro Aniversário da República em Guimarães. Foi uma quinta feira de festejos com música e fogo de artifício, onde estiveram presentes a população, o presidente da Comissão Municipal, Teixeira d’Abreu e os Drs. Alfredo Pimenta (ilustre republicano) e Eduardo de Almeida. À noite, uma marcha foi animada pela filarmónica, o regimento de Infantaria 20 e a respectiva banda.
Os factos:
Commemorando o 1º anniversario da republica houve na 5ªfeira manifestações de regosijo, constando de fogo e música, de um bodo de 500 pobres, sessão solenne na Câmara Municipal onde usaram da palavra os snrs. Teixeira d’Abreu, digno presidente da Commissão Municipal e Drs. Alfredo Pimenta e Eduardo de Almeida. À noite organizou-se uma marcha “aux flambeaux” em que tomou parte o regimento d’infantaria 20, respectiva banda, populares e philarmonica “Bôa-União (In Imparcial, nº 282, 7.º ano, semanário, Guimarães, 6 de Outubro de 1911)
(Post: Bárbara Rodrigues; Foto: Abade de Tagilde, preso por manifestar ideias republicanas; Arquivo - Sociedade Martins Sarmento)
Os factos:
Commemorando o 1º anniversario da republica houve na 5ªfeira manifestações de regosijo, constando de fogo e música, de um bodo de 500 pobres, sessão solenne na Câmara Municipal onde usaram da palavra os snrs. Teixeira d’Abreu, digno presidente da Commissão Municipal e Drs. Alfredo Pimenta e Eduardo de Almeida. À noite organizou-se uma marcha “aux flambeaux” em que tomou parte o regimento d’infantaria 20, respectiva banda, populares e philarmonica “Bôa-União (In Imparcial, nº 282, 7.º ano, semanário, Guimarães, 6 de Outubro de 1911)
(Post: Bárbara Rodrigues; Foto: Abade de Tagilde, preso por manifestar ideias republicanas; Arquivo - Sociedade Martins Sarmento)
terça-feira, 9 de março de 2010
O ideário republicano nas páginas da imprensa - A Velha Guarda
Ao povo de Guimarães
“Ao encetarmos a nossa carreira, as nossas primeiras palavras são de saudações à cidade de Guimarães e ao Director do Partido Republicano Português (…).
A Velha Guarda representa os republicanos antigos da cidade de Guimarães. Representa os que nunca tiveram medo, os que nunca se esconderam, os que soffreram e luctaram quando a República era considerada um mytho em todo o país e muito mais nesta cidade onde o reaccionarismo infelizmente tem imperado sempre. Representa os Republicanos que já o eram antes da data gloriosa de 5 de Outubro (…)”. (In A Velha Guarda, n.º 1, 1.º ano, semanário, Guimarães, 7 de Dezembro de 1910) Foto: Vista geral da cidade, 1912, Arquivo: Sociedade Martins Sarmento
“Ao encetarmos a nossa carreira, as nossas primeiras palavras são de saudações à cidade de Guimarães e ao Director do Partido Republicano Português (…).
A Velha Guarda representa os republicanos antigos da cidade de Guimarães. Representa os que nunca tiveram medo, os que nunca se esconderam, os que soffreram e luctaram quando a República era considerada um mytho em todo o país e muito mais nesta cidade onde o reaccionarismo infelizmente tem imperado sempre. Representa os Republicanos que já o eram antes da data gloriosa de 5 de Outubro (…)”. (In A Velha Guarda, n.º 1, 1.º ano, semanário, Guimarães, 7 de Dezembro de 1910) Foto: Vista geral da cidade, 1912, Arquivo: Sociedade Martins Sarmento
segunda-feira, 8 de março de 2010
As mulheres da república ... no Dia Internacional da Mulher
Adelaide Cabete é uma das figuras importantes da história portuguesa do início do século XX. Foi médica e professora. Nasceu em Elvas, em 25 de Janeiro de 1867 e faleceu em Lisboa, em 14 de Setembro de 1935. De origem humilde e órfã, desde criança conheceu o duro trabalho de servir, em casas ricas de Elvas, nas quais, de ouvido, aprendeu os rudimentos da escrita e leitura. Licenciou-se em Medicina no ano de 1900, na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, apresentando como tema de dissertação de conclusão de curso um estudo intitulado A Protecção às Mulheres Grávidas Pobres, mais tarde publicado. Mais informação
Imagem APH
Imagem APH
Ana Castro Osório - Escreveu, em 1905, “Mulheres Portuguesas”, o primeiro manifesto feminista português. Foi pioneira na luta pela igualdade de direitos. O seu activismo levou à criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Colaborou com Afonso Costa na criação da Lei do Divórcio. Defendeu até à exaustão que as mulheres não deviam ser meras peças decorativas e que a educação era o “passo definitivo para a libertação feminina”. Esta mulher notável é considerada a fundadora da literatura infantil em Portugal. Escreveu romances, novelas e peças de teatro.
Mais informação
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Maria Veleda foi uma mulher pioneira na luta pela educação das crianças e os direitos das mulheres e na propaganda dos ideais republicanos, destacando-se como uma das mais importantes dirigentes do primeiro movimento feminista português, tendo dedicado grande parte da sua vida à defesa dos ideais de justiça, liberdade, igualdade e democracia, na busca de uma sociedade melhor. Mais informação.
Imagem: APH
Carolina Beatriz Ângelo
Médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, embora vivesse num país em que o sufrágio universal só seria instituído passados mais de sessenta anos, ou seja, depois do 25 de Abril de 1974.
Mais informação:
As suas ideias
As suas ideias
Este post teve a contribuição dos alunos do nono ano, turma F, como forma de homenagear as mulheres que, no nosso país e em tempos difíceis, também souberam fazer história.
Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem origem nas manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito de voto, no início do século XX, na Europa e nos Estados Unidos. A data foi adoptada pelas Nações Unidas, em 1975, para lembrar tanto as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo.
Mais logo, neste blogue, os alunos irão prestar homenagem a algumas mulheres da I República.
Poema Melancólico a não sei que Mulher
Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.
Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...
Miguel Torga, in 'Diário VII'
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Dia da Mulher; Poesia; Torga
sábado, 6 de março de 2010
Os diferentes governos da República - Acontecimentos
O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas disponibibiliza, a partir das suas directorias, uma cronologia com os acontecimentos dos governos da I República. Um espaço onde pode ser colhida informação muito importante sobre o evoluir do regime e sobre a composição dos diferentes governos (e foram muitos).
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Governos; I República; Cronologia
quinta-feira, 4 de março de 2010
A escolha da bandeira nacional
No dia 5 de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, proclamou-se a República. Saíram milhares de pessoas para a rua a festejar, a notícia espalhou-se rapidamente pelo país e a mudança tornou-se um facto consumado.
Uma mudança tão profunda justificava que se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam usar? E que símbolos?
O governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu um grupo de gente com grande prestígio para que elaborasse um projecto de bandeira. Desse grupo faziam parte: o pintor Columbano Bordalo Pinheiro; o jornalista João Chagas; o escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de artilharia José Afonso Pala e o primeiro-tenente da Marinha António Ladislau Parreira. Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído para o êxito da revolução. Informação retirada do portal República nas escolas . Ver, também, o site da Presidência da República.
O Daniel deambulou pela web e encontrou algumas das propostas, projectando-as aqui:
Uma mudança tão profunda justificava que se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam usar? E que símbolos?
O governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu um grupo de gente com grande prestígio para que elaborasse um projecto de bandeira. Desse grupo faziam parte: o pintor Columbano Bordalo Pinheiro; o jornalista João Chagas; o escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de artilharia José Afonso Pala e o primeiro-tenente da Marinha António Ladislau Parreira. Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído para o êxito da revolução. Informação retirada do portal República nas escolas . Ver, também, o site da Presidência da República.
O Daniel deambulou pela web e encontrou algumas das propostas, projectando-as aqui:
Reconhecimento da bandeira nacional em Guimarães
Realizou-se ao meio dia da passada 5ª feira no salão nobre da Sociedade Martins Sarmento a sessão solene em honra da nova Bandeira Portugueza (…). A banda regimental tocou o hynno nacional – A Portugueza – que foi applaudido vivamente pelo povo que o escutava.
(In A Alvorada, n.º 2, 1.º ano, semanário, Guimarães, 3 de Dezembro de 1910)
(In A Alvorada, n.º 2, 1.º ano, semanário, Guimarães, 3 de Dezembro de 1910)
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