quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Vivências termais


A 21 de Julho de 1907, a Empresa Termal das Taipas S.A.R.L, inaugurava ao público a fonte de água termal (“buvette”), constituída por uma nascente com aproximadamente 4 metros de profundidade e por um busto de um leão esculpido em mármore, de onde brotam ininterruptamente, as águas medicinais.
Aquando da inauguração desta fonte, procedia-se através da Empresa Termal das Taipas à construção de um novo e moderno balneário, onde ainda hoje funcionam os banhos de imersão, duches, inalações, pulverizações, irrigações e massagens. Em 1906 a Câmara Municipal de Guimarães arrendou a exploração das termas a José Antunes Machado, que entretanto a cedeu à Empresa Termal, que seria constituída formalmente por escritura pública apenas a 4 de Maio de 1910, tornando-se até 1986, a concessionária das duas nascentes termais (Banhos Velhos e Banhos Novos), e à qual se deve a construção do Hotel das Termas, iniciado em 1915 e que terminaria somente em 1924.
O Prof. Charles Lepierre da Universidade de Coimbra, em Novembro de 1909, veio expressamente a esta vila visitar os novos balneários, examinar e analisar as suas nascentes nos Banhos Velhos e nos Banhos Novos, onde pôde ver a recém-construída “buvette”. O distinto analista de renome internacional ficou bem impressionado, tendo publicado pouco tempo depois um pequeno livro onde se debruçava sobre as características destas águas e das suas modernas instalações. (cortesia, prof. António Oliveira. Imagens: Banhos velhos e Fonte termal-buvette)


Os factos:
Abriu já o excellente balneario das Taipas, estabelecimento moderno, commodo, hygienico, que é sem duvida um grande beneficio para aquella formosa povoação, e a que ficará para sempre ligado o nome de António de Freitas Ribeiro, cuja iniciativa rasgada e intelligente arrancou a prospera estância thermal ao estacionamento em que definhava . Já alli se nota um regular movimento de banhistas (O regenerador - 1909, 21 de Maio, Nº 26, Guimarães)

Esteve no ultimo domingo nas Caldas das Taipas aonde foi chamado pelo concessionario dos balneários das referidas thermas, o distincto clinico analysta de Coimbra Mr. Charles Lepierre, que alli foi expressamente vizitar os balneários, examinar as suas nascentes e colher as precizas dozes de agua para proceder às respectivas analyses, trabalho este que o concessionario quer ter feito antes da abertura da proxima epocha balnear. O distincto analysta ficou optimamente impressionado com o novo balneário, elogiando a limpeza e installações . Durante a vizita foi sempre acompanhado pelo nosso amigo e estimado director clinico dos balneários snr. dr. Alberto Ribeiro de Faria, que o acompanhou a esta cidade, regresando a Coimbra no dia seguinte. “ (Idem, 1909, 12 de Novembro, Nº 51)

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